segunda-feira, 19 de julho de 2010

LIÇÃO DE UM TÚMULO VAZIO

O cético Frances Joseph-Ernest Renan involuntariamente falou sobre a verdade da ressurreição ao zombar: “O cristianismo vive da fragrância de um frasco vazio”. Sem querer, Renan estava se referindo ao fundamento da fé cristã, a pedra angular do Evangelho: um túmulo vazio! Uma tumba sem um corpo nela, naquela primeira manhã da ressurreição!Uma personagem do romance “O Porto”, de Ernest Poole, comenta cinicamente: “A História é apenas um noticiário do cemitério”.O que o cético Renan e o cínico Poole não conseguiam ver era a incontestável verdade de que há uma grande exceção à tristeza de todos os cemitérios e suas silenciosas mensagens de morte: as eletrizantes notícias do túmulo onde Jesus foi sepultado, de que a morte foi vencida e as portas da vida eterna foram abertas por Jesus.

“Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia” (Mt 28.6). Jesus “não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho” (2 Tm 1.10).

De certa forma, os túmulos falam da História na mesma proporção da morte que os favorece. Por isso, convém perguntar: que lições os túmulos (assim como a própria morte) ensinam para a vida?

Pensemos em duas preciosas lições que deveriam ser consideradas.

A primeira lição: os túmulos ensinam que é preciso repensar as nossas prioridades. Sabendo que a vida era curta demais para perder-se tempo com futilidades, Moisés clamou a Deus: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12).

Orar dessa maneira nos levará indubitavelmente a considerar o que, de fato, vale a pena na vida. Dinheiro, poder, prazer, tão avidamente buscados, muitas vezes ao custo da própria vida, empalidecem e sucumbem diante das prioridades que realmente contam.

Não são poucos os exemplos que conhecemos de pessoas que, depois de encararem a morte, salvas como “por um fio”, resolvem mudar as suas prioridades e reorganizar a vida. Assim, elas descobrem que servir é muito melhor que ser servido; que dar é mais bem aventurado que receber; que honrar está acima de ser honrado; que o que vale a pena na vida não pode ser comprado pelo dinheiro, conquistado com o poder, nem tampouco desfrutado com desonra.

A segunda lição: os túmulos nos ensinam que devemos pensar na eternidade. Embora a morte seja o fim de todos os mortais, ela certamente não é o fim de tudo nem detém a última palavra sobre o futuro. É precisamente isto que nos ensina o Evangelho, ou “boas novas”, no fato histórico de que Cristo Jesus veio ao mundo para nos libertar do poder do pecado e da morte.

Jesus nos propiciou a única maneira de escaparmos da morte, física e espiritualmente. Pela sua morte na cruz, Jesus possibilitou a nossa reconciliação com Deus, e, desse modo, desfez a separação e a alienação espirituais resultantes do pecado. Pela sua ressurreição, Ele finalmente venceu e aboliu o poder de Satanás, do pecado e da morte.

Algumas pessoas não querem pensar na eternidade, por isso afirmam: “Morreu, acabou!”. Mas como será, quando chegarem “do outro lado” e descobrirem que a vida aqui era apenas o começo, o embrião da eternidade?

Outras pessoas dizem: “Quando eu estiver mais velho, então seguirei a Cristo”. Mas quem sabe se ficará velho ou se morrerá novo?

Há os que pensam: “Antes de morrer, eu aceitarei a Cristo”. Porém, quem sabe o dia da própria morte?

As lições do túmulo vazio de Jesus são para reflexão, preparação e esperança. Elas apontam para a eternidade, como está escrito: “O próprio Senhor descerá dos céus, ouvida a voz do arcanjo, e o som da trombeta de Deus. Aqueles que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Então, nós os vivos, seremos levados junto com eles, para nos encontrarmos com o Senhor nos ares, e assim ficaremos para sempre com o Senhor. Consolem-se uns aos outros com estas palavras” (1 Ts 4.16-18).

Agora, atente para essas grandes lições do túmulo vazio. A morte não é o fim! Jesus venceu a morte! Ele vive para sempre! Portanto, creia Nele, viva com Ele, por Ele e para Ele! Jesus é a única esperança!

Artigo do Pr. Samuel Câmara

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